Engenharia da Computação

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Leitura e Produção de Textos

VIDEO 1 : CONCEPÇÃO DE LÍNGUA E IMPLICAÇÕES PARA A PRODUÇÃO TEXTUAL
Esta  aula  apresenta  a concepção  de Bakhtin sobre  a língua, situando a sua natureza viva, dialógica e interativa..Mostra como a produção linguistica não parte de si nem se esgota em si.Como um elo na corrente comunicativa, a produção linguística é sempre uma proposta de construção de significados em uma situação contextualizada.
Profª Silvia M Gasparian Colello

Concepção de Língua
Existem algumas concepções de linguas que circulam em nossa sociedade.E a mais comum é aquela que vê a linguagem como um pacote pronto e fechado, estática.Essa concepção de língua é chamada de língua monológica, não prevê a relação entre as pessoas, a situação.

Língua Dialògica é  uma concepção de  língua que faz viver.A língua como uma dimensão constitutiva das
pessoas.Quando uma pessoa entra no circuito da comunicação e começa a se relacionar com os outros, em
múltiplas relações e formas, entra na corrente comunicativa , gerando seu processo de consciência, constituindo um ser social.

Nessa situação interlocutiva, não  só entra  no cenário pra  ser afetado, aprender e interagir,  como  também
transforma o cenário pela sua produção.Então , na relação interlocutiva, temos o sujeito entrando na corrente comunicativa posicionando na relação com o outro, assumindo responsabilidades.A todo tempos estamos assumindo politicamente,  religiosamente, posições de responsabilidades.Quando se posiciona, abre-se condições para concordar e discordar e responder como foi colocado.


A língua se transforma, ela muda devido ás regiões, ao tempo, a língua é viva, pulsa. Ex: as gírias antigas talvez nunca tenhamos ouvido.Nós podemos sempre trazer novos significados para a lingua e recriá-la.



As vezes não conseguimos compreender um texto quando não entendemos seu contexto, valores e propósitos.Esta concepção nasceu com o linguista Mikhail Bakhtin, russo,onde enfatizava a natureza dialógica da língua.



Mikhail Bakhtin

No Brasil, o nome mais fluente entre os teóricos que concebem a linguagem com ênfase na interação é do russo  Mikhail Bakhtin.Nasceu em Moscou, no final do século XIX, apoiou a revolução russa de 1917 mas terminou perseguido pos Josef Stalin.Na década de XX, trabalhou com um grupo de outros filósofos da linguagem, todos marxistas.



Para Bakhtin, a linguagem é um produto vivo da interação social, das condições materiais e históricas de cada tempo.E a propriedade mais marcante da língua é o fato dela ser dialógica.O dialogismo são as relações de sentido que se estabelecem entre dois enunciados.


Ele tá tentando dizer que o mundo interno das pessoas é povoado por uma legião de vozes.Como este sujeito vive em um contexto social marcado por muitas vozes, e elas passam a fazer parte de si mesmo em acordos e desacordos.Quando o sujeito de que falar ou escrever alguma coisa, vai levar em conta todas as vozes que incorporou do seu mundo para produzir sua própria palavra.E quando ele prepara uma fala ou um texto, ele se lança ao mundo, ele escreve pra alguém.



Produção Textual
Produção textual é a tensão entre a palavra neutra, a palavra do outro e a minha palavra.A palavra neutra
é a palavra que é compreendida.A palavra do outro são os discursos, as falas que ouvi.A minha palavra é a palavra filtrada, analisada, para minha produção.Ex: a palavra AMOR consegue ser complexa.




Em uma música, temos o sentido do amor melancólico, com uma idéia de tristeza , e a segunda música, com outra entonação, questionadora, com proposta divertida.Podemos analisar a criatividade na produção textual.Os dois partiram de idéias que circulam no mundo, que estão no mundo, o mesmo tipo de idéia, metá-fora, chegando á produções singulares mas completamente diferentes, mostrando a criatividade na produção
textual.

Relação entre modalidades Linguísticas
Se a escrita/fala não possuir estas exigências, a produção textual fica despersonalizada, um texto morto.Na
leitura/escuta tem a mesma relação.Isso gera uma locução e uma interlocução.A produção origina-se do que se viu e ouviu pra uma melhor reconstrução.



O sujeito escritor está em uma corda-bamba.De um lado, temos o sistema fechado da língua, com sua normas , regras e sistemas.Por outro lado, a língua é um sistema aberto, onde permite inúmeras conexões, como as letras das músicas acima, com criatividade. A língua é um paradoxo, uma sistematização em aberto.
A língua é um processo criativo, da grande aventura da comunicação.


Neste vídeo, Cláudio Bazzoni, assessor da Prefeitura de São Paulo, trata das diferentes concepções de linguagem que pautaram o ensino de Língua Portuguesa no século XX e explica como as práticas de leitura e de escrita devem ser ensinadas na escola.


                           

O programa mostra três concepções de linguagens -- linguagem como espelho do mundo, linguagem como instrumento de comunicação e linguagem como forma de interação. A partir daí, o espectador é levado a refletir sobre o dialogismo, conceito criado pelo filósofo russo Mikhail Bakthin. Para ele, a linguagem é um produto das relações sociais e das condições materiais e históricas de cada tempo.

                                                  


Coletânea de Reportagens sobre os 6 eixos dos Parametros curriculares nacionais de lingua portuguesa Feitos pela TV cultura em Parceria com a TV Escola.
                                 Parte 1-Não Basta ser aprendiz , tem que participar


                                                   

                                             A importância do ato de ler.

                          
                           
Compreensão textual como trabalho criativo Compreender textos é uma tarefa fácil? Quais são as habilidades necessárias para tal? Qual é o papel da escola nesse trabalho? O programa tenta dar respostas a essas e outras questões. Os entrevistados são os professores Francisco Savioli (ECA-USP), conhecido como Platão, e Norma Ferreira (FE-Unicamp). O primeiro é professor de Língua Portuguesa há quarenta anos e a segunda tem a leitura como tema de pesquisa na universidade. A UNIVESP TV visitou ainda duas escolas: EMEFEI Antônia Gadmar, em Santa Bárbara d'Oeste, e EE Paulo Rossi, em São Paulo. Na escola do interior, a professora Sônia Maria faz a leitura de livros com crianças do primeiro ano do ensino fundamental. Já na capital, a professora Marili desenvolveu projetos de interpretação de poesia e notícias de jornais para alunos do 5º ano.

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VIDEO 2: LETRAMENTO DO CONCEITO ÁS IMPLICAÇÕES SOCIAIS E PEDAGÓGICAS
A aula apresenta o conceito de letramento e a sua relação com a alfabetização.Situa o problema do analfabetismo no Brasil por meio de dados estatísticos, depoimentos de alunos e crítica à escola.
Profa Silvia M Gasparian Colello

Letramento e analfabetismo funcional
Quantos brasileiros tem a oportunidade de usufruir da língua nesta perspectiva criativa e democrática? O Brasil tem perto de 13 milhões de analfabetos que não tem perspectivas de relacionar-se e criar.Antes,estar letrado era tão somente desenhar o nome ou saber o mínimo do sistema para poder decodificar alguma coisa que estivesse no papel.

Devido á modernidade, globalização, da emergência da  sociedade à  informação, á abertura política, á expansão das vagas escolares e demandas sociais, econômicas e política, não é suficiente conhecer o sistema,é necessário mais do que isso., se tornar um usuário  da língua escrita.Daí que surgiu o conceito do letramento.

A Profa Magda Soares, da UFMG, ela sistematizou este conceito do letramento, criando um marco decisivo pra gente compreender esta questão e o termo acabou  sendo dicionarizado. Estes dois conceitos tem que andar juntos, atrelado, um depender do outro, além do aprendizado, ser um usuário da língua escrita.


O advento deste conceito permitiu a compreensão do fracasso escolar; crianças que aprendiam e não usavam.Também permitiu a compreensão do quadro leitor e escritor no Brasil.Não se trata de alfabetizados e analfabetos,o que se dá conta do que tem pra provar.

analfabetismo funcional se dá entre o letrado pouco alfabetizado e o alfabetizado pouco letrado.São pessoas que aprenderam a ler e escrever mas não deram conta de se inserir na sociedade de um jeito funcional, de usufruir a língua e de exercer sua práticas sociais.Estão na escola, mas não sabem ler e escrever.



Se aumentarmos o número de analfabetos funcionais, não aumenta os leitores plenos, aqueles que conseguem ler livros de vários segmentos e níveis,  transita em diferentes  textos.Vimos  que , apenas 1/4 da
população brasileira são leitores plenos.Os números de analfabetos funcionais diminuem, mas não aumentamos de leitores plenos, aqueles que fazem uso da lingua escrita.

Não é uma culpa só da escola,está relacionado com as desigualdades sociais, dificuldades ao acesso aos bens culturais.Esse problema é também da escola que luta pra alfabetizar a todos que tem desejo de ser uma pessoa letrada.Esta alfabetização é um sonho ? Alfabetização  e o letramento , além dos professores, é um compromisso dos educadores em pessoas amantes da leitura e da escrita.



A professora e pesquisadora da Faculdade de Educação da USP, Silvia Gasparian Colello, conversa com o jornalista Ederson Granetto sobre os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, a PNAD, divulgada pelo IBGE, que mostra a redução do analfabetismo em todo país, mas com diferenças regionais importantes. Silvia Colello fala ainda sobre analfabetismo funcional.

                                                  

                          Uma demonstração de video e fotos sobre "Analfabetismo Funcional".

                                  


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VIDEO 3: A LEITURA PARA ALÉM DA CODIFICAÇÃO
Ao apresentar os conceitos de “estrutura aparente” e “estrutura profunda” dos textos, a aula tem como pelo leitor. Dessa forma, evidencia-se a importância da leitura como forma de (re)significar a compreensão objetivo discutir a relação entre a percepção das informações visuais e a construção de significados feita do homem sobre o seu mundo.
Profa Silvia M Gasparian Colello


Aula de Leitura - Ricardo Azevedo

A leitura é muito mais

do que decifrar palavras.
Quem quiser parar pra ver
pode até se surpreender:
vai ler nas folhas do chão,
se é outono ou se é verão;
nas ondas soltas do mar,
se é hora de navegar;
e no jeito da pessoa,
se trabalha ou se é à-toa;

na cara do lutador,
quando está sentindo dor;
vai ler na casa de alguém
o gosto que o dono tem;
e no pêlo do cachorro,
se é melhor gritar socorro;
e na cinza da fumaça,
o tamanho da desgraça;
e no tom que sopra o vento,
se corre o barco ou vai lento;
também na cor da fruta,
e no cheiro da comida,
e no ronco do motor,
e nos dentes do cavalo,
e na pele da pessoa,
e no brilho do sorriso,
vai ler nas nuvens do céu,
vai ler na palma da mão,
vai ler até nas estrelas
e no som do coração.
Uma arte que dá medo
é a de ler um olhar,
pois os olhos têm segredos
difíceis de decifrar.


A leitura do mundo precede a leitura das palavras (Paulo Freire).A compreensão do mundo, o entendimento da realidade que nos leva a poder escrever.A leitura, a possibilidade de escrever e interpretar os signos que a gente tem, é verdadeiramente transformador.Se é para a pessoa que acabou de se alfabetizar, é também pra quem tem mais tempo de estudo e a cada tempo vai se surpreendendo com a compreensão de mundo que a gente tem.


Todo texto tem uma estrutura aparente, aquilo que a gente vê, aquilo que aparece quando as luzes se apagam.Tem , também a estrutura profunda, aquela que não aparece no texto, na folha de papel, mas está na operação que o leitor faz na sua relação com a leitura, ele vai construindo sentidos.A estrutura profunda diz respeito a esta construção de significados.



Esta estrutura aparente não é a de um texto e sim um amontoado de letras e números, mas na estrutura profunda a gente conseguiu ler.Conseguiu-se devido á competência de buscar sentido.

PÉ DE PAI PEDE LUPO.
FISK: TODO MUNDO FALA BEM

Aqui temos estruturas aparentes , porém com estruturas profundas ambíguas, com duplo sentido, com mais de uma forma de interpretação. Nestes casos, a importância é conseguir estabelecer sentidos.A leitura existe com alguém que escreveu com propósito e alguém que está lendo com propósito.O leitor vai com inúmeros processos mentais, com o objetivo de conseguir um significado no texto.Há uma interdependência, sobretudo, não necessariamente uma sobreposição entre a estrutura aparente e a estrutura profunda.Elas podem ter diversas possibilidades.

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VIDEO 4: COMPETÊNCIAS DE LEITURA
Partindo do princípio de que a leitura requer uma ativa e complexa elaboração mental para a construção de significados,  a  aula  propõe  a  vivência  de  algumas estratégias de interpretação, colocando em evidência diversas competências de leitura.
Profa Silvia M Gasparian Colello



O primeiro esforço do leitor é reconhecer a língua.Depois tenta descobrir se é um poema, música ou um texto.Em seguida, verifica se tem alguma palavra conhecida para chegar á conclusão de sai alguma coisa.Na verdade é a música Garota de Ipanema em alemão.



Não basta saber a língua, tem que reconhecer o código.Há leitores menos experientes , podem encontrar dificuldades para ler um texto.


O leitor faz antecipações, relaciona, rapidamente com o que já conhece, já viu.O leitor antecipa informações, confirma suas antecipações enquanto ele está lendo.



Só de inverter o texto, mudou o sentido do conteúdo.No primeiro texto temos uma separação  e começando o mesmo texto de baixo para cima, mudou o sentido do conteúdo, uma declaração de amor.

O leitor inteligente tem que fazer as conexões internas com as informações do texto.Além de conhecer a língua, conhecer o código, fazer antecipações, o leitor tem juntar as idéias para conseguir a interpretação.

Além das conexões internas que o leitor tem que fazer, também tem que buscar as externas, com outras coisas, outros conhecimentos.Se não conseguir conectar o texto com nada, não adianta o melhor português, a construção do texto não se faz.


Se traduzisse para o japonês, eles não entenderiam os valores, os preconceitos, as posturas.Mais que fazer conexões do texto, conexões com coisas que conheço, temos que fazer conexões com discursos carregados de valores, que circulam na nossa sociedade.


Isto tudo não se dá isoladamente, eles estão articulados, interligados, se relacionam de múltiplas formas.A construção e as competências da leitura implicam em aprendermos uma série de possibilidades, de transitar por vários caminhos para construir o que está no papel.






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Video-Aula 5 : Língua portuguesa ou língua brasileira?Nesta aula, discute-se a pertinência ou não de pensarmos na existência da “língua brasileira”. Os portugueses falam o português e os brasileiros falam o brasileiro? O fato de existir a língua brasileira altera nossa visão de mundo? E que consequências práticas podemos perceber no que tange à leitura e à produção de textos?                                                                                                                         Prof Gabriel Perisse                                                                                                                                                                                                                                                                          O letramento nos ajuda a ser competentes no uso do idioma, não basta ler, escrever , mas é preciso entender os contextos  e se tornar um cidadão competente no emprego do idioma, da língua.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                     Há uma polêmica entre língua portuguesa e língua brasileira.A língua portuguesa não veio do Brasil e sim de Portugal , e quando  fomos colônia portuguesa, recebemos como influência o idioma.Quando os portugueses aqui chegaram existia aqui várias línguas brasileiras, centenas de idiomas, de tribos indígenas, muitas instintas, outras em risco de extinção.Cada língua tinha suas caracteristicas, sua própria cultura.Quando os portugueses aqui chegaram, impuseram a língua portuguesa.Depois da lingua indígena, recebemos a influencia da lingua africana.Depois vieram um pouca de cada nacionalidade estrangeira como influência.Nosso idioma começou a ganhar novas configurações.Será que podemos falar em uma língua brasileira , em um idioma nosso ? Um português entende um brasileiro ou vice-versa ? Depois do vídeo visto, percebemos que haja entendimento mais com dificuldade.Alguns estudiosos encontram semelhanças entre a língua portuguesa e a brasileira mas isso não justifica separar a língua, uma vez que a estrutura é semelhante.Na definição cultural, aí tem diferença em relação ao modo de falar, pois estaria inserido á uma cultura brasileira, que há valores que não vai coincidir com os da portuguesa.                                                                                                                                                                                                                                                                                                No Brasil há situações diferentes de idiomas nas diversas regiões : o carioca diferente do goiano, o paulista diferente do gaúcho, e assim por diante.No video-aula vemos os diferentes dialetos  brasileiros com seus sotaques e modos de falar, dentro da lingua portuguesa.Falamos a lingua portuguesa de expressão brasileira.

Línguas do Brasil

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
As línguas minoritárias do Brasil são faladas em todo o país. O censo de 2010 contabilizou 305 etnias indígenas no Brasil, que falam 274 línguas diferentes.Há comunidades significativas de falantes do alemão (na maior parte o Hunsrückisch, um alto dialeto alemão) e italiano (principalmente o Talian, de origem vêneta) no sul do país, os quais foram influenciados pelo idioma Português, assim como um processo recente de cooficialização destas línguas, como já ocorreu em Pomerode e em Santa Maria de Jetibá.
Na época do descobrimento, é estimado que se falavam mais de mil idiomas no Brasil. Atualmente, esses idiomas estão reduzidos a 180 línguas. Das 180 línguas, apenas 24, ou 13%, têm mais de mil falantes; 108 línguas, ou 60%, têm entre cem e mil falantes; enquanto que 50 línguas, ou 27%, têm menos de 100 falantes e metade destas, ou 13%, têm menos de 50 falantes, o que mostra que grande parte desses idiomas estão em sério risco de extinção.
Nos primeiros anos de colonização, as línguas indígenas eram faladas inclusive pelos colonos portugueses, que adotaram um idioma misto baseado na língua tupi. Por ser falada por quase todos os habitantes do Brasil, ficou conhecida como língua geral. Todavia, no século XVIII, a língua portuguesa tornou-se oficial do Brasil, o que culminou no quase desaparecimento dessa língua comum. Com o decorrer dos séculos, os índios foram exterminados ou aculturados pela ação colonizadora e, com isso, centenas de seus idiomas foram extintos. Atualmente, os idiomas indígenas são falados sobretudo no Norte e Centro-Oeste. As línguas mais faladas são do tronco Tupi-guarani.
Há uma recente tendência atualmente de co-oficializar outras línguas nos municípios povoados por imigrantes (como as línguas italiana e alemã ou indígenas, através de levantamentos do Inventário Nacional da Diversidade Linguística instituído através de decreto pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 9 de dezembro de 2010, que analisará propostas de revitalização dessas línguas no país.
Também os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul possuem o Talian como patrimônio linguístico aprovado oficialmente no estado (já a língua alemã, de grande abrangência nestes dois estados, não foi oficializada ainda por não haver um consenso entre a padronização da forma hunsriqueana, ou a pomerana, ou a adoção das duas modalidades em simutâneo),enquanto o Espírito Santo possui em vigor desde agosto de 2011 a PEC 11/2009, que inclui no artigo 182 da Constituição Estadual alíngua pomerana e a alemã como patrimônios culturais deste estado.
Há também a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, oficializada por meio da Lei 10.436 e Regulamentada pelo Decreto 5.626. É uma língua de modalidade visuogestual oriunda da comunidade surda nacional.

O português no Brasil

língua portuguesa foi trazida pelos colonizadores portugueses ao Brasil a partir do século XVI. Este idioma não se expandiu pelo território brasileiro de forma natural contando, também, com ações governamentais que o forçaram a se tornar a única "língua legítima" do país. Tanto o Estado Português quanto o Estado Brasileiro independente adotaram políticas visando o extermínio de outros idiomas falados no país, um processo denominado de glotocídio (assassinato de línguas), no qual o português foi substituindo outras línguas anteriormente faladas.
A primeira política de estado evidente foi o Diretório dos Índios, de 1758, no qual Marquês de Pombal exigia a utilização do português na colônia e proibia o ensino das línguas indígenas (em especial da denominada língua geral, idioma de base tupi que predominou no Brasil até o século XVIII). Mas não apenas as línguas indígenas foram alvo desse tipo de ação, também os idiomas trazidos pelos diversos grupos de imigrantes que aportaram no Brasil sobretudo a partir de 1850.
O Estado Novo (1937-1945) de Getúlio Vargas representou o ápice da repressão às línguas alóctones no Brasil, por meio da nacionalização do ensino, que culminou em grande repressão sobretudo aos falantes de alemão e italiano. O censo de 1940 mostrou que mais de um milhão de pessoas falavam o alemão (644.458) ou o italiano (458.054) no Brasil, numa população nacional de apenas 50 milhões de pessoas, número bastante expressivo então. A política de nacionalização do Estado Novo instituiu o ensino obrigatório do português nas escolas, inclusive com a proibição do uso oral de idiomas estrangeiros, por meio dum conceito jurídico de crime idiomático, inventado pelo Estado Novo, que culminou na prisão de diversas pessoas que foram pegas falando idioma que não fosse o português. No ano de 1942, por exemplo, 1,5% da população do município de Blumenau chegou a ser presa em decorrência do uso de idioma estrangeiro (o alemão, no caso). Por fim, com a Constituição de 1988, o Estado Brasileiro optou por fazer do português a língua oficial, embora reconheceu aos índios o direito à sua língua, inclusive no âmbito escolar, mas o mesmo não foi feito em relação aos idiomas trazidos por imigrantes. O Estado Brasileiro sempre fez, portanto, a opção de legitimar o português como a (única) língua nacional.
Obviamente que a língua portuguesa não se impôs no Brasil somente por meio de políticas estatais. Ela foi sendo adotada pela população colonial, pois era a língua da ascensão social, sobretudo para a população de origem africana. De fato, o português falado no Brasil se desenvolveu na boca de falantes não nativos da língua. Os portugueses e seus descendentes não mestiçados nunca ultrapassaram os 30% da população e as etnias não brancas (negros, mulatos e índios) sempre oscilaram na casa dos 70% dos habitantes do Brasil até meados do século XIX. Portanto, a maioria da população brasileira adquiriu o português por meio de uma transmissão irregular ou de uma aquisição imperfeita, pois provinham de um histórico familiar de língua não portuguesa.
Em 1819, 30% da população brasileira era escrava, sendo a maior porcentagem no Centro-Oeste (40,7% da população) e a menor no Norte (27,3%). A escravidão africana era, portanto, generalizada, presente em todo o território colonial, sendo que africanos e seus descendentes chegaram a compor cerca de 60% da população entre os séculos XVII e XIX. Haja vista a presença maciça de africanos e descendentes no Brasil colonial e imperial, alguns estudiosos alegam que foram eles os maiores responsáveis pela expansão do idioma português no Brasil, na forma popular ou vernácula. Alguns já defenderam que o português brasileiro sofreu um processo de crioulização ou semicrioulização, embora outros sejam mais cautelosos nessa afirmação, todavia é inegável a presença de elementos africanos e indígenas na fala brasileira.
O povo brasileiro absorveu o idioma português a partir de modelos precários, distante do padrão culto da língua. No início do século XIX, apenas 0,5% da população era letrada. Em 1872, 99,9% dos escravos, 80% dos livres e 86% das mulheres eram analfabetos. O idioma se desenvolveu no país, portanto, por meio da oralidade do quotidiano, de ouvido, haja vista a ausência de uma normativização adquirida pela escolarização. 
O português falado no Brasil apresenta diferenças em relação ao português europeu. Atualmente, existem três correntes que tentam explicar a origem dessas diferenças. A primeira, da crioulização prévia, explica as diferenças pelo contato que teve o idioma com as línguas africanas e indígenas. A segunda explica com base na deriva ou evolução natural e a última numa crioulização prévia de modo fatorizado. A tese de que houve uma crioulização generalizada no passado hoje possui poucos seguidores. Alguns estudiosos acreditam na possibilidade de ter havido, no passado, uma crioulização leve que, somada à deriva natural, culminou nas diferenças existentes entre o português do Brasil e de Portugal. Também há uma quarta teoria, que afirma que o português do Brasil se manteve mais próximo do idioma usado na Idade Média, falado no século XV, sendo que o português europeu é que sofreu mudanças, sobretudo no século XVIII.
No início de 2014, foi lançado pela prefeitura de São Paulo um dicionário com as gírias paulistas.


Video - Kledir Ramil - Língua Brasileira  -----------------------------------------------------------------------------------------------------
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Video-Aula 6 :  Gramática e vidaAcepções da palavra “gramática”. Como avaliar as diferenças entre o falar e o  escrever? O ensino gramatical é indispensável para “escrever bem”? Qual a real necessidade do aprendizado das regras gramaticais?                                  Prof Gabriel Perisse 
Há um conflito entre gramática e a língua viva, do dia-a-dia.A gramática tenta consolidar, decretar como uma coisa inalterável, imexível, ao contrário do nosso falar cotidiano que é vivo, mutável, intenso.
É preciso que haja regra, padrão gramatical, saber o que é correto,escrever certo, para um concurso, vestibular, de acordo com a gramática normativa..Por outro lado, temos o cotidiano, o falar do dia-a-dia, de acordo com a necessidade da comunicação, a eficácia entre o diálogo das pessoas.
A boa literatura consegue captar este momento espontâneo da linguagem nos seus textos.No exemplo inserido neste video vimos uma narrativa que ofende a linguagem normativa, com suas regras e exigências, mas, de modo simples, nos sugere entender com seus vocábulos oriundos, mal colocados, de forma irreverentes, agressivo, a intenção do narrador.Neste caso a palavra gramática não está ligado ao que é certo ou errado mas sim com o que é eficaz ou não.                                                                                                                                                           Essa distinção entre gramática normativa e gramática descritiva nos faz repensar na maneira de estudar o idioma, não precisamos ser totalmente corretos no sentido da gramática normativa se eu perder o contato com as outras pessoas falantes, ser estranho falar da maneira que se escreve.Ao mesmo tempo é importante não perder o contato com o conhecimento gramatical.                                                                                                                                                                 A gramática se atualiza e começa a aceitar o que no passado considerava-se errado. Certas construções que eram certas, não precisam ser mais adotadas.Ex: Vou assistir o vídeo.Na gramática normativa, se assisti á um video, mas na língua brasileira pode-se dizer que está até correta.                                                                                                                                                                Os linguístas, os gramáticos, os que estudam para ensinar, tem que saber os meandros da gramática, mas quando se trata da pessoa que quer tem um bom desempenho no escrever e falar, não é preciso cobrar o que era cobrado porque a lingua vai se impondo, e temos que ser comunicadores eficientes, escrever de acordo com o nosso leitor, falar de acordo com nosso ouvinte.                                                                                                                                                       Segundo o Prof Luiz Carlos de Assis Rocha, professor de língua portuguesa, formado em Letras na UFMG, a gramática não deve ser exigida como leitura e escrita no dia-a dia, mas sim para os ensinadores.Defende que a leitura, interpretação de texto, letramento e escrita é mais importantes que as regras da gramática no seu interim e condena as escolas que investem anos no ensino da gramática.                                                                                                                                                                               Estudar a gramática observando a vida, refletindo a linguagem viva.Achar que é um erro, pode ser um acerto, quando se observa o texto e contexto de uma fala ou leitura.Se pensarmos de forma mais flexivel, mais adequada com nosso idioma, com nosso falar cotidiano, vamos encontrar várias falas que irão ofender a gramática tradicional ,mas que fará parte do contexto cotidiano.Tem palavras e frases que confronta com a gramática mas contextualiza com a fala das pessoas.                                                                                                                                                                                                                                                  O professor tem que apontar o que é regra e o que é norma , mas tem também que mostrar a cada  momento, a necessidade de adequar o que nós falamos, expressamos com nossos interlocutores, contexto e ambiente.Dessa maneira mais flexível podemos ver a gramática e dar espaço para que a vida fale. 

Gramática

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Gramática (do grego: γραμματική, transl. grammatiké, feminino substantivado de grammatikós) é o conjunto de regras individuais usadas para um determinado uso de uma língua, não somente da norma culta, mas também de variantes não padrão. É ramo da Linguística que tem por objetivo estudar a forma, a composição e todas as questões adicionais de uma determinada Língua. A partir deste conceito, pode-se definir que cada língua tem sua própria gramática, mas nem toda língua tem sua própria linguística. A linguística é única para todas as línguas existentes, já a gramática é unica para cada língua. Normalmente o conceito de gramática não inclui a ortografia.

Teoria geral da gramática

Numa expressão simples, porém extremamente elegante e geral, "Gramática", como alguém já disse, "é a arte de colocar as palavras certas nos lugares certos".
Os diversos enfoques da gramática (normativa, histórica, comparativa, funcional e descritiva) estudam a morfologia e a sintaxe que tratam, somente, dos aspectos estruturais, constituindo, assim, uma parte da linguística que se distingue da fonologia e da semântica (que seriam estudos independentes), conquanto estas duas possam compreender-se, também, dentro do escopo amplo da gramática.
Dentre os diversos tipos de gramáticas (ver abaixo), a chamada gramática normativa é a mais conhecida pela população e é estudada durante o período escolar. É elaborada, em geral, pelas Academias de Letras de cada país, nem sempre em conformidade com o uso corrente da população, mesmo em amostragens da porção tida por "mais culta".
Cabe notar, ainda, que nem toda gramática trata da língua escrita.


Gramática implícita

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
gramática implícita (ou internalizada) é definida como o conjunto de regras que o falante domina. É o conhecimento lexical e sintático-semântico que o falante possui e que permite que ele entenda e produza frases em sua língua.
A existência de uma gramática internalizada pode ser observada por dois fatos lingüísticos: o primeiro é a criança produzir formas não usadas por falantes adultos. Por exemplo, é comum a criança utilizar a conjugação dos verbos regulares (comi, escrevi) para os verbos irregulares (fazi, trazi). Este fato demonstra que ela tem uma regra internalizada para o uso de verbos, porém, por não conhecer as exceções (os irregulares), aplica a regra a todos os verbos.
O outro fato é a hipercorreção, que é a aplicação de uma regra de maneira generalizada, ainda que a regra não se aplique a determinado contexto. Por exemplo, um falante que produz formas como "meu fio" no lugar de "meu filho", ao ter contato com as formas reconhecidas como corretas, "filho", "velho", "baralho", pode ampliar o uso da regra em contextos onde não se aplica, como "pilha da cozinha" e "telha de aranha".
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Leitura e Produção de Textos

Video-Aula 7 :  As regras da nova ortografiaA ortografia, a leitura e a escrita. Uma breve história da ortografia em nosso idioma. As polêmicas em torno das novas regras ortográficas. Particularidades da nova ortografia.                                Prof Gabriel Perisse 
A gramática vai determinar o que é certo e o que não de deve fazer.Na ortografia estabelece as maneiras de sua utilização, mesmo que o som seja semelhante.A casa pode ser escrita com s ou z, mas a ortografia estabelece com s; azar pode ser escrita com s, mas a ortografia estabelece com z.Essas regras nos parece arbitrária, mas tem á ver com o uso, com a história da palavra, mas na hora h, temos que consultar o dicionário.                                                                                                                                                          Tem palavras que, com o tempo, vai mudando para os dias atuais.Por exemplo a palavra hálibe, onde não era acentuado, pois vinha do latim.Com o passar dos tempos, com costume das palavras tônicas na 3ª sílaba serem acentuados, a ortografia curvou-se e passou a acentuar a palavra.                                                                                                                                                                                                             Sempre que houver uma padronização nos aspectos ortográficos em um idioma, vão surgir  problemas, vão surgir dúvidas.Como uma coisa tão simples como grafar uma palavra pode trazer polêmicas, angústias, raivas em relação `Portugal com algumas palavras aceitas pelos brasileiros, com a nova ortografia.                                                                                                                                                                                 Muitas pessoas que escrevem habitualmente, não assimilaram todas as questões novas da ortografia.É importante estar ciente das alterações da ortografia para não ficarmos vendidos, não podemos desprezar os acordos ortográficos, mas não esquecer que a vida da língua, da escrita é mais ampla, mais interessante, mais rica do que as regras.Manter a atenção entre as regras e á vida.

Ortografia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ortografia deriva das palavras gregas ortho (ορθο no alfabeto grego) que significa "correto" e graphos (γραφος) que significa "escrita". A ortografia é a parte da gramática normativa que ensina a escrever corretamente as palavras de uma língua 1 definindo, nomeadamente, o conjunto de símbolos (letras e sinais diacríticos), a forma como devem ser usados, a pontuação, o uso de maiúsculas, etc. É o conjunto de regras estabelecidas pela gramática normativa2
Apesar de oficialmente sancionada, a ortografia não é mais do que uma tentativa de transcrever os sons de uma determinada língua em símbolos escritos. Esta transcrição costuma se dar sempre por aproximação e raramente está isenta de ambiguidades.
Um dos sistemas ortográficos mais complexos é o da língua japonesa, que usa uma combinação de várias centenas de caracteres ideográficos, o kanji, de origem chinesa, dois silabários, katakana e hiragana, e ainda o alfabeto latino (não se trata de alfabeto latino, mas sim a forma fonética de representar os silabários) , a que dão o nome romaji. Todas as palavras em japonês podem ser escritas em katakana, hiragana ou romaji. E a maioria delas também pode ser identificada por caracteres kanji. A escolha de um tipo de escrita depende de vários fatores, nomeadamente o uso mais habitual, a facilidade de leitura ou até as opções estilísticas de quem escreve.
Analisando as línguas europeias podem identificar-se duas ortografias diferentes:
Ortografia fonética
Cada som corresponde a uma letra ou grupo de letras únicos e cada letra ou grupo de letras corresponde a um único som.
Ortografia etimológica
Um mesmo som pode corresponder a diversas letras e cada letra ou grupo de letras pode corresponder a diversos sons, dependendo da história, da gramática e dos usos tradicionais.
Exceto o Alfabeto Fonético Internacional, que consegue fazer a transcrição para caracteres alfabéticos de todos os sons, não há sistemas ortográficos pura e exclusivamente fonéticos. No entanto, podemos dizer que são eminentemente fonéticas as ortografias das línguas búlgarafinlandesaitalianarussaturcaalemã e, até certo ponto, a da língua espanhola. No caso particular do espanhol, podemos admitir que se trata de uma ortografia fonética em relação ao espanhol padrão falado na Espanha, mas não tanto em relação aos falares latino-americanos, em especial aos da Argentina e Cuba, nos quais nem sempre se verifica que cada som corresponde a uma letra ou grupo de letras.
ortografia atual do português é, também, mais fonética do que etimológica. No entanto, antes da Reforma Ortográfica de 1911 em Portugal, a escrita oficialmente usada era marcadamente etimológica. Escrevia-se, por exemplo, pharmacialyrioorthographiaphleugmadiccionariocaravellaestylo e prompto em vez dos actuais farmácialírio,ortografiafleumadicionáriocaravelaestilo e pronto. A ortografia tradicional etimológica perdurou no Brasil até a década de 1930.
Um exemplo típico de ortografia etimológica é a escrita do inglês. Em inglês um grupo de letras (por exemplo: ough) pode ter mais de quatro sons diferentes, dependendo da palavra onde está inserido. É também a etimologia que rege a escrita da grande maioria das palavras no francês, onde um mesmo som pode ter até nove formas de escrita diferentes, caso das palavras homófonas auauxhauthautsosaulxoheaueaux.


Texto - Reforma Ortográfica

Video - Nova Ortografia - Trema - 06

        


Vídeo - Gramática 'Nova Ortografia' Acentuação EEM e OO


                 

Video - Nova Ortografia - A grafia portuguesa - 01



Video - A História da Palavra - O Nascimento da Escrita



Video - A História da Palavra - A Revolução dos Alfabetos





Video - A História da Palavra - O Desafio Sem Fim 

 
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Leitura e Produção de Textos

Video-Aula 8 : A prática da escritaEmbora a prática da escrita não se limite ao espaço escolar, é neste que na maioria das vezes os indivíduos desenvolvem — ou não, com repercussões no cotidiano e na vida profissional — as habilidades e competências necessárias para o seu domínio. Ao longo do processo histórico, a prática da escrita se materializou na Escola como “redação”,  como um “produto” a ser entregue ao professor, conforme a tradicional tipologia (descrição, narração e dissertação). Trata-se de um produto, porque a redação, mais ou menos reduzida a suporte protocolar de um gênero textual, frequentemente é solicitada ao aluno sem o estabelecimento de um objetivo e um contexto bem definidos. A presente aula tem como escopo expor em linhas gerais o problema e apresentar estratégias para sua superação, de acordo com a reflexão dos principais teóricos sobre a questão.                                                                                  Prof Luiz Roberto Dias de MeloA escrita está viva, no meio do mundo, na forma de propaganda, de anúncios, nas mídias digitais, nos relacionamentos.Só que nas escolas, mesmos com todos os avanços, ela está de modo atrasado, retrógrado, desprovida de um olhar crítico, rigoroso, por parte do aluno e do professor.A língua portuguesa não pode ser departamentalizada, isto é, somente o professor de lingua portuguesa lidar com a escrita. Parece que as outras disciplinas não se preocupam com a escrita, não tomam a responsabilidade da importância da escrita.Esta prática de conscientização tem que ser continua em todas as disciplinas, não utilizando, somente, nas famosas redações, como forma obrigatória, cumprindo o protocolo escolar.Estão preocupados na superfície textual, o que é mais visível no texto, e não no seu conteúdo, propriamente dito, como a colocação de pronomes, ortografia, concordância verbal, nominal, regência.A redação escolar passou a ser uma atividade destituída de sentido e significação.No século passado, utilizava-se uma modalidade de leitura e escrita voltada á retórica, poética e literatura nacional.A leitura e escrita eram muito iguais, seguiam um modelo, utilizava-se muitas imagens(metáfora,metonimia,hipérbole, etc), própria da retórica, imitando estes clássicos, perdendo, portanto, a autonomia de escrever e ler.Em 1971, surgi uma lei que dá um enfoque á língua portuguesa, passando a ser chamada de comunicação e expressão.A partir daí  passa a mudar o enfoque da escrita e leitura, dando ênfase á comunicação e expressão, propriamente dita.

A escrita é reduzida á um código que precisa ser codificado pelo aluno.O emissor produzia o texto e o receptor passivo na sua compreensão, destituído de um alcance maior, um processo além do que é entendido como expressão e comunicação.O texto é reduzido á sua condição de mensagem com o efeito de crítica pode oferecer.Em 1977, é obrigado á inclusão da redação no programa vestibular.Passa a ser exigido pelas escolas e cursinhos, o estudo da narração, descrição e dissertação.Passou, então, as escolas á treinar os alunos a obedecer os princípios da gramática com suas regras.Com essa "boa" intenção, trouxe-nos a obrigatoriedade na formulação textual perdendo o sentido livre da leitura e da escrita. Solicita a redação de forma exigida, mas não se sabe pra que estão fazendo isto.Pra quem está escrevendo, pra quem é o texto, vai mudar alguma coisa aquele texto ou é tão somente para verificar se sabe as regras da gramática.Temos tipos textuais como relatos, a narração, exposição e injunção (textos de instrução).Como a escola utiliza estes meios ? Tipo textual não é um texto concreto, pode ser uma instrução ou outra coisa parecida.Já os gêneros textuais  são muitos, como a fábula, o conto, folclórico, anedota, romance, e-mail, cartas comerciais.O professor tem que abandonar a postura causal e pedir ao aluno a produção de um texto sem cobrar a forma de escrita.É preciso que que o aluno assuma o porto de locutor, sujeito do seu dizer, implicando no que dizer e tenha razões para este dizer, que saiba a quem dizer e com que finalidade produz o seu dizer.Na correção, o professor não deve abandonar os rigores gramaticais, nas superfícies textuais, mas interder a intenção do texto, orientando o aluno nas suas colocações.Como temos uma variedade de gêneros redacionais, a escola passa a ser mais crítica, mais produtiva, a escola cria várias situações à convidar o aluno a produzir melhores textos, campanhas educacionais, em laboratórios de redação.                                       -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Leitura e Produção de Textos

Video-Aula 9 : O que faz de um texto um texto? Metarregra de repetição e de progressão (I)Como se sabe, um texto não é apenas um aglomerado de segmentos linguísticos dispostos no papel. É imprescindível, para  sua  organização, o  atendimento a  uma  série de princípios, os  quais vêm sendo estudados por especialistas ao longo de décadas.As próximas quatro aulas (9, 10, 11 e 12) têm como objetivo apresentar as contribuições de Charolles (1978) e Beaugrande e Dressler (1981) em torno do tema. Assim, as metarregras de coerência do primeiro teórico — repetição, progressão, não contradição e relação — e os princípios de textualidade da dupla de pesquisadores — coesão, coerência, aceitabilidade, informatividade, intencionalidade, intertextualidade e situacionalidade — são revistas e aplicadas a exemplos extraídos de diversas fontes.     Prof Luiz Roberto Dias de MeloA preocupação de Charolles é que a escola desenvolva metodologias, técnicas para desenvolver o professos: a pedagogia e técnicas de impostação de voz.Ele tem uma preocupação pedagógica.Observava  a partir dos anos 70 que os professores não se preocupavam com o rigor crítica quando se corrigia uma produção de texto de seus alunos.Coesão textual e coerência textual estão muito presente na escola para constituições de texto.Introdução aos problemas da coerência de textos                                                                               Coerência é uma forma, uma condição de produzir sentido.Charolles exige que o professor tenha mais rigor nas avaliações dos textos dos alunos.Para que um texto seja um texto é preciso de quatro metaregra: 
  • Metaregra de repetição
  • Metaregra de progressão
  • Metaregra de não contradização
  • Metaregra de relação                            
Metaregra de repetição: para que um texto seja  (microestruturalmente e macroestruturalmente) coerente é preciso que contenha, no seu desenvolvimento linear, elementos de recorrência estrita.                            --- Uso de pronomes : Exemplo de texto pronomial :Apesar da vasta utilização do texto técnico nas empresas ( descrição de peças, equipamentos, relatórios de manutenção, manual de instrução) percebemos que este não tem recebido a merecida atenção por parte da maioria dos elaboradores, divulgadores e usuários.                                                                                                                  - -  ---- As definitivações e as referenciações deiticas  contextuais: cabe ,nesta estratégia a repetição da mesma palavra.Charolles não faz distinção entre coesão e coerência.A repetição da mesma palavra acontece quando não se encontra uma palavra sinônima.Repetimos a mesma palavra quando queremos da ênfase á palavra.
- Substituições lexicais : substituição da palavra demanda pela procura..está inserido dentro da coerência.
- As recuperações pressuposicionais e as retomadas das inferências: estamos diante de uma elipse,daquilo que é pressuposto, inferido.
Metaregra de progressão : para que um texto seja microestruturalmente ou macro estruturalmente coerente é preciso que haja no seu desenvolvimento, uma contribuição semântica constantemente renovada.Abaixo, temos um texto com muitas repetições.
                                                                        
                             
                         
------------------------------------------------------------------------------Video 10-O que faz de um texto um texto?Metarregra de não contradição e de relação (II)  Como se sabe, um texto não é apenas um aglomerado de segmentos linguísticos dispostos no papel. É imprescindível para sua organização, o atendimento a uma série de princípios, os quais vêm sendo estudados por especialistas ao longo de décadas. As próximas quatro aulas (9, 10, 11 e 12) têm como objetivo apresentar as contribuições de Charolles (1978) e Beaugrande e Dressler (1981) em torno do tema. Assim, as metarregras de coerência do primeiro teórico — repetição, progressão, não contradição e relação — e os princípios de textualidade da dupla de pesquisadores — coesão, coerência, aceitabilidade, informatividade, intencionalidade, intertextualidade e situacionalidade — são revistas e aplicadas a exemplos extraídos de diversas fontes.                                                                                                 Prof Luiz Roberto Dias de MeloMetaregra de não contradição :  para que um texto seja microestruturalmente ou macroestruturalmente coerente é preciso que no seu desenvolvimento não se introduza nenhum elemento semântico que contradiga um conteúdo posto ou pressuposto por uma ocorrência anterior, ou deduzível desta por inferência.Não se pode  afirmar, em determinado trecho, e depois não afirmar o mesmo trecho, segundo Charolles.
Metaregra de  relação :  para que uma sequência ou texto sejam coerentes,, é preciso que os fatos que se denotam no mundo representado estejam relacionados.
Acrônimo é um tipo de formação vocabular representado pela junção de letras (brick).Siglas representam entidades , organizações, num modo geral.
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Leitura e Produção de Texto

Video-aula 11 - O que faz de um texto um texto? Princípios da textualidade (I)Como se sabe, um texto não é apenas um aglomerado de segmentos linguísticos dispostos no papel. É imprescindível para sua organização o atendimento a uma série de princípios, os quais vêm sendo estudados por especialistas ao longo de décadas.As próximas quatro aulas (9, 10, 11 e 12) têm como objetivo apresentar as contribuições de Charolles (1978) e Beaugrande e Dressler (1981) em torno do tema. Assim, as metarregras de coerência do primeiro teórico — repetição, progressão, não contradição e relação — e os princípios de textualidade da dupla de pesquisadores — coesão, coerência, aceitabilidade, informatividade, intencionalidade, intertextualidade e situacionalidade — são revistas e aplicadas a exemplos extraídos de diversas fontes.  Prof Luiz Roberto Diaz de MeloPrincípios da Textualidade                                                                                                                      - Fatores Linguísticos: Coesão, Coerência e Intertextualidade                                                                    - Fatores Extralinguísticos: Intencionalidade, Aceitabilidade, Informatividade e Situacionalidade
Coesão: diz respeito ao modo como elementos da superfície textual (palavras e frases) encontram-se conectados entre si numa sequência linear, por meio de dependência de ordem gramatical.Ela é visível, concreta, como um recurso.Coerência: diz respeito ao modo como os componentes do universo textual, ou seja, os conceitos e relações subjacentes ao texto de superfície são mutuamente acessíveis e relevantes entre si, entrando numa configuração veiculadora de sentido" (Beaugrande e Dressler).Ela é subjacente, é reticular, não está situada num lugar.      Este texto dramatiza por aquele que viaja.Um drama vivido por aquele que viaja.Aponta para si.


O texto do video quebra a coerência, formada aleatoriamente, cria uma forma sem sentido, não se tem unidade, vá progredindo sem sentido, com informações sem temática, em sentido contrário ao sentido.

Este texto abaixo tem um efeito cômico, soa como efeito de piada, criar graça a partir de certos subtendidos, ligados á coesão e á coerência.A coesão dispensa de repetições.

A intertextualidade tem haver com a capacidade dos textos dialogarem entre si.Jekull era o médico e Hyde era o monstro.
          


Palavra puxa palavra - Coerência

                                                                                                                                                                                                        

Coesão


                          
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Leitura e Produção de Textos

Video-aula 12 - O que faz de um texto um texto? Princípios da textualidade (II)


Intencionalidade é a intenção do autor no texto.Anda paralelo com a argumentatividade.é um exercício estético, partindo do autor.

Aceitabilidade parte do leitor entender a intenção do autor.

Informatividade é o texto, mesmo literário, que traz dados informativos.

Situacionalidade  demonstra as situações do texto.


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Leitura e Produção de Textos
Video-aula 13 - A escrita e a culturaA aula discute como o advento da escrita marca o início da própria civilização, como a partir daí as sociedades passam a se dividir em primitivas (ou ágrafas) e complexas (dotadas de literatura escrita). Procura demonstrar também que o que vale para as sociedades vale para os indivíduos: de que maneira o domínio da modalidade escrita da língua, especialmente em seu registro formal, é o que caracteriza a pessoa “culta”.Prof Aldo Luiz Bizzocchi
Cultura é o conjunto de hábitos , costumes e tradições que caracteriza o povo e bagagem de conhecimento que se adquiri por meio do estudo.Tudo o que, tanto no homem quanto no meio, não é exclusivo da natureza; tudo o que o homem cria ou transforma, bem como tudo o que ele acrescenta á natureza com seu trabalho transformador.Complexo de padrões de comportamento, crenças, instituições e outros valores espirituais e materiais transmitidos coletivamente e característicos de uma sociedade.Senso de moralidade: tendência á ajudar e/ou não ferir - visa á sobrevivência do grupo e não se confunde com padrões morais convencionais (religiosos, éticos, etc).Conjunto das atividades humanas ligadas ao enriquecimento intelectual e ao prazer estético.
Inicio da CulturaO Australopithecus africano, á 3 milhões de anos atrás, desceu das árvores, devido á seca ocorrida na África, passou a produzir armas pontiagudas para dar início á caça de mamíferos para sua subsistência.Isso acarretou o desenvolvimento do cérebro, e consequentemente, o aumento da inteligência,  inciando um círculo virtuoso : mais caça - mais inteligência - melhores armas - mais caça ... - 200.000 anos a.C.: surgimento do homem anatomicamente moderno (homo sapiens)- 100.000 anos a.C.: chegada do homo sapiens ao Oriente Médio e Europa.-   40.000 anos a.C.: Homo sapiens suplanta os neandertais e passa a dominar sozinho a Eurásia ocidentalO pensamento simbólico, é a razão desta supremacia.A mente humana é capaz de reconheer padrões: rostos, formas geométricas, padrão de cor, comportamento, padrões lógicos, linguagem. A linguagem não só serve para comunicar , sobretudo para pensar desconectado, que é não só pensar nas coisas que estão presentes , que estão diante de nossos olhos, mas em ausentes, passados, futuras, hipotéticas e imaginarias.As primeiras apresentações foram obras de arte, com propósito místico, religioso, supersticioso.Surgiram as crenças no sobrenatural.As ferramentas foram criadas para atender as duas necessidades básicas : alimentação e a proteção.Foram criadas para resolverem problemas, aliviar a dor.Os caçadores tinham alto prestígio e eram estimados pelo grupo.Comemorar uma caça memorável, homenagear os melhores caçadores podem os principais motivos do inicio ás pinturas.Então, com o passar do tempo, criaram lendas mitológicas e literárias.As matrizes da cultura são o mito, o sonho, o jogo e o ritual.Dessas matrizes nascem a história, a literatura, a arte , a filosofia, a ciência, o esporte, a crença no sobrenatural e a religião.A cultura nasce para satisfazer as necessidades básicas, sair da dor e entrar em estado de segurança.Quando está em segurança, busca-se sair do tédio, brincando.As ações humanas são movidas por dois princípios básicos:- A fuga da dor: ações movidas  pelo dever (necessidade ou obrigação) fazer para não ter dor.-Busca do prazer: ações movidas pelo queres (desejo, gosto) fazer para ter prazer
Há dois tipos de cultura:1) A cultura em sentido amplo: - tudo o que o homem cria ou transforma- tudo o que ele acrescenta á natureza- tudo o que, no próprio homem, não é produto exclusivo do instinto biológico- tudo o que não é inato, mas aprendido e transmitido por meio da linguagem- conjunto dos objetos e práticas que caracterizam uma determinada comunidade humana
2) A cultura em sentido estrito- conjunto de atividades voltadas ao espírito, ao lazer, ao enriquecimento pessoal (físico, intelectual ou espiritual) do ser humano- atividades que são praticadas como um fim em si e não como um meio para atingir outros fins
- atividades motivadas pela busca do prazer e não pela necessidade de resolver problemas
- atividades que se ocupam de interpretar o mundo e não de agir sobre ele.

Exemplos: Ministério da Cultura, leis de incentivo á cultura, caderno de cultura de jornais.


Não precisa de escrita para haver cultura, como os índios, mantendo suas tradições e culturas.A nossa sociedade atual depende plenamente da escrita, com nossas bibliotecas e o uso da internet.

Quem lê muito é uma pessoa culta e desenvolve melhor a escrita.Pessoas cultas exercem funções que exigem uma boa formação.
Durante o exercício da profissão, precisará ler e redigir muitos textos, incluse textos técnicos e formais, é preciso estar preparado para isto.
Não basta saber ler e escrever, tem que ser letrado, ou seja, um participante ativo da cultura escrita .
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Leitura e Produção de texto
Video-aula 14 - Tipos e gêneros textuaisGêneros textuais são instrumentos de interação e como tais participam do processo de apropriação social do conhecimento. É impossível a comunicação verbal sem a intermediação de um gênero textual, a exemplo do que ocorre agora, em que você lê esta sinopse, gênero textual que  tem  como  objetivo  oferecer  uma visada, ao mesmo tempo, sobre o conteúdo de um objeto, como uma aula. Por meio dos gêneros, recorda-se, ordena-se, informa-se, solicita-se, reclama-se... Enquanto os gêneros são formas textuais presentes no cotidiano, o tipo textual designa uma espécie de construção teórica, definida pela natureza linguística de sua composição (aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas).Prof Luiz Roberto Dias de Melo
Escola e apropriação dos gêneros- é um mecanismo fundamental da socialização, de possibilidade de inserção prática dos indivíduos nas atividades  comunicativas humanas.Ex: uma carta comercial.- é preciso mobilizar instituições educacionais formalizadas, ou seja, essa é uma tarefa que compete, sobretudo, ás escolas.O gênero ordena procedimentos e se estabiliza ao longo da história.O gênero é concreto, definido.
Tipos TextuaisConstrução teórica defina pela natureza linguística de sua composição ( aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas).- narração- descrição- exposição- argumentação- injunção
Conjunto de traços que formam uma sequência e não um texto.- textos narrativos: sequência temporal- textos descritivos: sequências de localização- textos expositivos: sequências analíticas ou explicativas- textos argumentativos: sequências contrativas explícitas- textos injustivos: sequências imperativas
Gênero Textual
Não se caracterizam nem se definem por aspectos formais, sejam estruturais, sejam linguìsticos, e sim  por aspectos sociocomunicativos e funcionais.

Não se pode desprezar, no entanto, o estudo da forma.

Resumo
- Gêneros textuais: fundam-se em critérios externos (socio-comunicativos e discursivos)
- Tipos textuais: fundam-se em critérios internos (linguísticos e formais)


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